Charles Bukwoski e o ímpeto para a escrita
“Tinha duas opções, ficar nos correios e tornar-me um louco... ou sair e tentar ser escritor e morrer de fome. Decidi morrer de fome”. O grande poeta maldito disse, sem perspectivas e sem restabelecer o sonho destruído por suas próprias palavras: as letras não são para qualquer um. Além de dirigir-se a mais de uma geração de pseudo-escritores que se dispunham a gastar papel, tinta e, sobretudo, tempo de centenas de milhares de pessoas que leriam suas palavras vazias, o escritor também elaborou seu próprio manual daquilo que um sujeito comum devia fazer para converter-se num grande escritor, como ele mesmo veio se tornar um dia. Provavelmente inspirando-se em seus anos de juventude; cheios de excessos, desilusões, sonhos desfeitos, mulheres, incertezas e álcool, Bukowski não fez outra coisa senão contarmos suas próprias desgraças através da literatura. E isso o terá feito, aos olhos de muitos, um escritor medíocre. Sem dúvidas. Como muitos grandes escritores, o estad