Utopia crítico-docente
Por Rafael Kafka Há uma utopia em mim que está diretamente ligada a minha vida enquanto assalariado dentro de uma sociedade capitalista: a de tentar produzir um discurso de mudança social sem expor demais opiniões que coloquem em risco de exposição demasiada minha vida pessoal e minha vida profissional. Isso se daria por meio de um trabalho de mediação de leitura em minha página do Facebook, a rede social que mais uso, falando por lá acerca de filmes, séries, livros etc. O objetivo seria promover uma ampliação dos horizontes de leitura dos que se encontram em minha lista de contatos por meio de dicas de leitura nos mais variados tipos de mídia e formatos. Mas há um grande, entretanto: como ser ativista da leitura sem ter uma agenda política bem definida? Pergunto-me isso, pois falar de leitura por si só para mim é fugir da principal questão a se colocar no momento: ler para quê? Será que somente incentivar alguém a ler é suficiente para gerarmos uma sociedade que melhor