A amiga genial, de Elena Ferrante
Por Pedro Fernandes Antes de tudo, gostava de me repetir sobre toda uma série de historiazinhas que vão formando uma aura mítica em torno da escritora italiana (ou escritor); resumo todas elas com essa impossibilidade de não precisar qual a verdadeira identidade de Elena Ferrante. Alguma vez escrevi que me chama atenção o sujeito da palavra que não necessita da exposição imposta pelo aparelho midiático (ainda mais nesse tempo de sorrisos falsos) e mantém um o trabalho silencioso para que, não a imagem, permaneça somente a obra. A história da literatura está cheia de figuras dessa natureza e, tomara que a italiana tenha tomado todas as precauções de fazer durar (ou quem sabe, nunca revelar, já imaginou?) quem é a autora (chamemos assim) por trás de sua obra. O livro que chegou ao Brasil agora em 2015 pelo selo Biblioteca Azul / Globo Livros é o primeiro de uma tetralogia designada por “série napolitana”, por cobrir parte significativa da história de um grupo diverso de n