A imortalidade, de Milan Kundera
O título publicado no final da década de 1980 e chegado ao Brasil no início da década de 1990 reaparece em 2015 no arrojado projeto editorial conduzido pela Companhia das Letras desde quando trouxe-nos o mais recente romance de Milan Kundera, A festa da insignificância . O romance é conhecido como um dos mais importantes na literatura do escritor theco, depois, é claro, da obra que o projetou internacionalmente, A insustentável leveza do ser . Na época de sua publicação, registra a crítica, o romancista recusou as sabatinas, os eventos públicos de apresentação da obra, enfim, qualquer aparição ou apoteose; tudo seria em razão da compreensão de que o livro sozinho se basta; ou um tapa com luva pelica na cara da sempre hipócrita mídia que se aproveita, em grande parte, do que o próprio autor diz sobre sua obra e rescalda o discurso em críticas pífias para os cadernos de cultura, abrigando a obra, muitas vezes em estereótipos vazios ou irregulares e tolhendo a reflexão mais li