Os limites invisíveis de Jarbas Martins
Por Thiago Gonzaga O poeta é o homem universal; tudo o que agitou o coração de um homem, tudo o que a natureza humana, em todas as circunstâncias, pode experimentar e produzir, tudo o que reside e fermenta num ser mortal – é esse o seu domínio que se estende a toda natureza. Arthur Schopenhauer Síntese e simplicidade demostram toda a aptidão criativa do escritor Jarbas Martins neste novo trabalho poético, que simboliza, também, um estado de espírito do experiente bardo da cidade de Angicos: o da liberdade de criação através de haicais. Arte originariamente japonesa, o haicai, pela sua própria natureza, tem característica mais descritiva do que conceitual, por exemplo, e talvez por isto alguns críticos o encarem com certa reserva. Afrânio Peixoto, em seu livro Miçangas – poesia e folclore , publicado em l93l, assim definiu o haicai: “Pequeno poema de três versos, de cinco, sete, cinco pés métricos, respectivamente, que resumem uma impressão, um conceito,