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Limiar dos pássaros, de Eugénio de Andrade

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Por Pedro Belo Clara Eugénio de Andrade. Desenho de Dordio Gomes Retornamos à obra de Eugénio não por motivos de lúgubres celebrações, visto assinalar-se no presente mês a primeira década do desaparecimento físico do profícuo autor, mas pela importância do teor da obra em causa no conjunto poético. E, uma vez que até ao momento a nossa viagem pelas páginas do poeta tem sido razoavelmente extensa e profunda, salvaguardando a lógica que a iniciou fará completo sentido abordarmos hoje este Limiar dos pássaros . Não criemos ilusões a respeito do livro e do seu conteúdo, pois não iremos ao encontro do universo que o poeta habitualmente nos reserva. Estamos diante de uma obra de nítida ruptura. Já o havíamos notado em Obscuro domínio , mas neste trabalho, editado em 1976, Eugénio vai muito para além dos ditames explorados pelo título anteriormente referido. O que julgaríamos conhecer sobre a sua poesia cairá por terra. Deveremos, contudo, ter o devido cuidado no uso de