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Sobre o único documento que compõe a gênesis Cem anos de solidão

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Momentos anteriores à concepção de Cem anos de solidão . Acapulco, 1965. Gabriel García Márquez (de óculos, sentado) com Luis Alcoriza e Luis Buñuel (à sua direita). Arquivo: El País.  Foi numa terça-feira de 1965. Gabriel García Márquez acabava de voltar de um fim de semana em Acapulco com sua companheira e seus dois filhos, quando, tomado por um “cataclismo da alma”, sentou-se ante a máquina de escrever, como ele mesmo recordaria anos depois, e não se levantou até princípios de 1967. Nesses 18 meses, todos os dias, das nove da manhã às três da tarde, o escritor colombiano escreveu Cem anos de solidão . Muito já foi escrito sobre a atmosfera mexicana que deu origem à sua obra magna, de sua obsessão criativa, de suas dificuldades econômicas, do apoio grandioso dos amigos. Mas, muito pouco se sabe sobre sua construção. As chaves da organização de material com o qual edificou o universo de Macondo segue entre sombras. E este mistério não foi casual. O próprio autor, quan