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Mostrando postagens de abril 28, 2015

Um tesouro chamado Yasunari Kawabata

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Por Emma Rodríguez Voltar a determinados livros, a determinados autores; recuperar o som de suas vozes familiares, o pulso de suas correntezas, é como iniciar um reencontro com nós mesmos, com circunstâncias, situações, momentos presos no passado. Posso relembrar, se faço um pequeno exercício de memória, os lugares onde estive lendo muito dos romances, dos contos de Yasunari Kawabata (Osaka, 1899). Ao tirar os livros da estante e passear por suas capas recupero de algum modo os estados de alma, os vaivéns existenciais que me acompanharam enquanto ia mergulhando – já vai um longo caminho – nas vidas de suas personagens. Dizer que é um dos meus autores favoritos é pouco. Kawabata ocupa um lugar muito especial, é um autêntico tesouro para mim, um espaço de sossego, de contemplação, de atenção, mas também uma porta aberta à perplexidade, à fascinação, ao deslumbramento, ao perturbador alento do mais secreto. Posso andar metida em outros universos narrativos igualmente atra