Jack Kerouac, modernismos e o desvairismo beat
Por Rafael Kafka Atualmente, tenho lido bastante Jack Kerouac. Li e resenhei Anjos da desolação neste ano e atualmente estou a ler as cartas trocadas entre ele e Allen Ginsberg. Na minha lista de espera já se encontram outros dois títulos dele pelo menos: Tristessa , o qual penso ler em algum fim de semana regado a café preto forte, jazz e blues; e seus diários, os quais já comecei a ler algumas vezes, mas quero ler em um momento de concentração profunda. Vejo em Kerouac muito do espírito antropofágico que caracterizou o espírito de nossos poetas modernistas. Os ideiais do pensamento do Modernismo brasileiro são algo muito caro para mim, mesmo eu ainda não tendo lido como deveria a obra desses importantes intelectuais brasileiros. Até o momento do advento da literatura de Mário de Andrade e seus condiscípulos, o fazer literário brasileiro era feito por e para a classe burguesa. Víamos uma língua preocupada em criar uma identidade nacional falsamente europeia, pretensão