O estado do bosque – José Tolentino Mendonça (Parte I)
Por Pedro Belo Clara Numa das primeiras ocasiões em que abordámos aqui o autor em epígrafe, trouxemos à discussão um trabalho deveras original no cada vez mais extenso rol de obras que tem vindo a publicar. Tratava-se de um livro de haikus , género onde Tolentino jamais se aventurara. O trabalho que hoje apresentamos retoma essa linha de novidade. Pelo menos, em parte. Editado em Janeiro de 2013, reproduz uma peça de teatro composta no âmbito de um projecto proposto pelo Teatro Oficina, de Guimarães. Nem que seja meramente pelo intuito de satisfazer a curiosidade, justificar-se-á a análise dum trabalho exposto num género que, apesar de não estar totalmente inexplorado pelo autor, rareia dentre os projectos que até agora assinou. Falar em Tolentino é, desde logo, referir a sua poesia, estilo onde se revela num maior número de ocasiões. Embora o ensaio e a elaboração de artigos diversos assumam um lugar igualmente meritório. O teatro, contudo, escasseia. Por isso,