Graça infinita, de David Foster Wallace
Por Pablo Guzman Serei honesto por um momento e reconhecerei que não sou capaz de resenhar este livro. Inclusive irei mais além da honestidade e direi que, no mundo, há pouquíssima gente com a capacidade de fazê-lo. É uma obra monumental, estranha, densa e complicada; foi escrita por um autor monumental, estranho, denso e complicado. Por isso, me limitarei aqui a esvaziar de minha mente tudo o que possa recordar sobre esta experiência de leitura, com o objetivo de ordenar meus pensamentos e elucidar certas questões. “Yes, I’m paranoide – buit am I paranoid enough?” Recordo que, quando findei O leilão do lote 49 , fiquei quase fechado em meu quarto. Havia chegado do instituto e faltavam cinquenta páginas para terminar e queria acabá-las com tranquilidade. Na minha mente se guardavam teorias e conspirações. Pynchon é um autor único, compreendi imediatamente. Inclusive recordo haver estado numa aula, nesse mesmo dia, e haver feito um pequeno diagrama para ordenar o qu