Negras flores da mesma haste - três mulheres suicidas na literatura: Virgínia, Florbela, Ana C.

Por Márcio de Lima Dantas


Alma sonhadora 
irmã gêmea da minha
Fernando pessoa

Florbela Espanca escolheu o mesmo dia em que nasceu para suicidar-se.

Alguns parecem nascer assinalados para cumprir o papel do sacrificado, em nome da harmonia genérica de um padrão convencionado como “normal”. São os profetas, os mártires, os loucos, os santos e os poetas. Os referidos por Marcel Proust como nervosos. Uma grande parte dos poetas trilhou veredas secundárias, diferentes ou diretamente antípodas à ao que se diz de normal. É claro que a grande máquina do mundo cobra seus altos tributos. Esses seres de exceção, desafinadores da longa sinfonia geral do existir sobre a terra, imprimem com suor, sangue, arte e ciência seus nomes nas margens das tipográficas manchas negras da vida. Alguns deles, consciente ou inconscientemente, optaram pelo suicídio, num processo de autodestrutividade, muitas vezes, impetrado de maneira que atinge requintes de esquisita violência narcísica contra seu próprio corpo.


A forma escolhida para dar cabo de si consubstancia uma semiótica, um discurso pleno de índices acerca dos embates que o suicida campeou contra o mundo e seu aziago destino. São marcas e adornos subliminares à protagonista da cena, que é a morte.

Tento aqui, neste escrito, apontar en passant alguns símbolos-rastros extraídos da maneira como se mataram três escritoras.

Acho melhor irmos por partes. Primeiro, sobre a gênese do suicídio. O sociólogo francês Émile Durkheim tratou do problema em conhecido ensaio. De sua classificação tripartite, interessa-nos apenas reter a noção de suicídio egoísta, aquele que acomete mais os intelectuais e artistas, ou seja, os que detêm pendores para o pensamento abstrato. Vejamos um excerto do ensaio: 

"Quanto mais enfraquecidos sejam os grupos a que pertence, menos depende deles e mais, por consequência, depende apenas de si próprio por não reconhecer outras regras de conduta que as estabelecidas no seu interesse privado. Se se está de acordo em chamar de egoísmo a este estado onde o ego individual se afirma demasiadamente face ao ego social e à custa deste último, nós poderemos dar o nome de egoísta para o tipo particular de suicídio que resulta de uma individualização desmesurada" (DURKHEIM, Émile. Sociologia. Trad. de Laura Natal Rodrigues, 2 ed., São Paulo: Ática, 1981)


A abordagem do pensador francês, conquanto quedada sobre o pano de fundo da vida social, matéria da sociologia, não elimina nosso recorte, pois nos interessa o ato em si, e não como sintoma de relações de grupos sociais ou de forças imprimidoras do seu número a uma determinada sociedade numa certa unidade de tempo. Passaremos ao largo de interpretar e discorrer acerca dos impactos do social sobre o indivíduo. Quando o fizermos, será de leve, visto que nos apetece os fatores de ordem mais psicológica. Quer dizer: os aspectos individuais que dizem respeito a um temperamento e à experiência singular de vida das três mulheres escritoras envolvidas com uma forma abstrata de arte: a literatura.

De outra parte, mais livremente, sem buscar apoio na teoria, simplificaremos. Vejamos como. Podemos considerar dois arranjos no fato de alguém autoeliminar-se: há uma espécie mais simples e outra mais complexa. Tudo aqui tem um cunho puramente didático, pois o suicídio é, na verdade, um feixe de elementos, resultando num fenômeno multifacetado, com fatores, muitas vezes, contraditórios. O primeiro está atrelado ao cotidiano e a seus fatos comezinhos, e irrefletido, caótico, intuitivo. O outro, com um lastro mais filosófico, ancorado na lucidez e na razão, refletindo a dramática escolha como livre arbítrio do homem face a seu destino. É aqui que situo os acima aludidos seres de exceção, os que são desde criança considerados como “a louca da casa” (la fole du logis: Gilbert Durand). Inaptos a representar por toda uma vida o papel que a sociedade lhes reserva, no grande teatro do mundo, acabam por optar pelo desvencilhamento da máscara social. Por sua vez, a quebra da máscara, implica uma serventia, ocupando o lugar de uma função social de contraponto para que se estabeleçam as fronteiras do que se convencionou como “normal”. Forças misteriosas da vida anseiam por uma quota de mártires, para que a grande espiral do cotidiano permaneça ativa em sua eficácia de reproduzir o status quo, harmonizando o todo por meio de mecanismos hipócritas, tacitamente aceitos por todos, num nivelamento perverso que anula a diferença ou o que vai de encontro ao que não segue sua gramática.

Dizem que o direito de dar e retirar a vida é prerrogativa dos deuses. Só que alguns, livre e arrogantemente, peitam essa ideia, arrogam-se o prazer de serem demiurgos, preferindo deter em suas mãos tal atributo, numa afronta às forças naturais que nos impulsionam para a velhice, para a decadência física e para a morte. Se aceitarmos a noção de que o suicídio tem como substrato a mesma matéria íntima - ancorada no conflito de um eu que se debate contra si próprio – e necessitando realizar-se por meio de uma sempre presente violência contra si mesmo, enfim, há uma potência com fortes pendores para a eliminação psicológica e física do indivíduo. Assim considerado, as três escritoras teriam sido levadas pelo mesmo esquisito significante almejando consubstanciar-se num ato antecipador do que conhecemos como “morte natural”. 

Resumindo: o modo como cada uma abandonou a si mesma no decorrer de um processo existencial marcado pelo desassossego interior e por uma permanente dissonância com o mundo, conduzindo-as ao suicídio, é uma fala-sintoma. O não-verbalizado é uma fala do corpo, que grita uma última agonia, uma derradeira aleluia, preenchendo os imensos espaços vazios da deusa Hécate e lançando oferendas aos altares do patrono das almas melancólicas, o deus Saturno.

Vamos às mulheres

Não precisa muito esforço para alcançar a impossibilidade e o “caso perdido” que era a existência atormentada das três literatas. Isso dito, tudo bem. Porém, não podemos esquecer uma outra faceta: é que existe um tipo de pessoa que adora beber na farta nascente da melancolia, respigando fracassos em tudo e em todos, buscando ressaltar o lado negativo das coisas, impossibilitando alianças e avanços subjetivos e sociais. ("Endiabrada Bela! Estranha abelha que dos mais doces cálices só sabe extrair fel!", Florbela Espanca, em Diário do último ano). O vulgo inexoravelmente representa com caricaturas as mais fuleiras possíveis essa espécie de ser díssono, caprichando nas turvas tintas dos preconceitos e de seu cabedal de mitos a alimentar aquilo que servirá para engendrar o contraste com o padrão estabelecido. Apontar a mancha no outro oblitera nossa própria nódoa. É uma das leis subjacentes aos relacionamentos interpessoais. Vigora desde muito, todos o sabem tacitamente, mesmo fazendo-se de sonsos.

A morte de Florbela Espanca (1894-1930), com 36 anos, já se anunciara desde o dia em que ela perdeu o total interesse pela vida, limitando-se a um não-viver. Na verdade, era “vivida” pelo Tempo. Inversão perversa que sucede a alguns. Requintou-se num autoexílio habitado por lembranças e por se sentir injustiçada pela cena literária de seu tempo. Quando tomou os dois frascos de soníferos (Veronal), estava apenas encerrando um processo de abandono de si mesma: sua autoestima estiolava-se a cada dia que passava. Cansara-se de si. Fatigara-se do permanente embate interior e exterior. Era por demais intransigente para sentar à mesa com o mundo e negociar uma indumentária que lograsse êxito para conseguir uma relativa harmonia entre sua subjetividade e a hipocrisia que grassa despótica na vida social ("Lembra-te que detestas os truques e os presdigitadores", Florbela Espanca em Diário do último ano). 

A aliança interior fora perigosamente desfeita, abandonando-se à pilhagem da bárbara infantaria das forças negativas da vida que se comprazem em destruir toda energia vital. As forças agressivas de Tânatos vencera as de Eros. A poeta estava sozinha no palco, por isso optou por uma saída discreta, pela porta dos fundos, ingerindo uma dose letal do que já usava para dormir desde muito, pois era acometida de uma impaciente insônia, que remontava à morte de seu irmão Apeles. Entretanto, preferiu deixar o corpo intacto, adormecendo na eternidade com uma overdose de barbitúricos. Saiu da vida sem a consciência do processo do suicida mais lúcido, que se mata acompanhando com frieza todas as etapas da morte, o que se pode atestar na maneira como as outras duas mulheres se mataram. “Apagou-se”, como falamos hoje em dia. 

Excessivamente vaidosa – seus inúmeros retratos, em poses diversas, numa aura de requintada dândi, com um sempre olhar grave e triste, não me deixam mentir –, ora, dificilmente impetraria contra si algo que chegasse a mutilar sua bela silhueta física. Personalidade ególatra, narcísica, não violentaria seu próprio corpo. Como morreu dormindo, dramatizou inconscientemente o mito de Tânatos, que, conforme sabemos, é filho da noite e irmão do sono. Ao que tudo indica, quando se leem os inúmeros escritos sobre sua biografia, parecia ter um enorme apego à vida, pois gostava de tudo o que era bom: roupas refinadas, objetos de arte, companhia de pessoas distintas, literatura de qualidade. O fato de não ter separado vida e obra, o que é demonstrado por meio de uma poesia com forte matiz confessional, apresenta um ser em busca do amor, da amizade, da cultura, enfim de tudo o que julgava relacionado a valor e a prazer.

De outra parte, a poeta encarnou o mito de Penélope, detendo a função feminina por excelência: a espera. Se não ficou aguardando em casa, envolvida nas lides domésticas, bordando, cerzindo, cozinhando, esperando o marido voltar do trabalho, aguardou inutilmente um reconhecimento como poeta-mulher, assim como apostava todas as suas fichas na busca da felicidade: suas três tentativas de casamento legais, afora outros romances, são prova dos ensaios em busca de um harmonia interior, acabando sempre em fracassos. Fracasso requerido inconscientemente? Sim, isso mesmo. Virava e mexia, e acabava sempre bebendo nas irônicas fontes da tristeza. Escolheu o dia de seu aniversário para se matar, atitude com um pathos inegável de teatro e simulação. Elegeu a noite, que, como sabemos, repito, é mãe do sono e da morte. Sua elegante partida foi testemunhada solitariamente apenas por Morfeu.

Virginia Woolf suicidou-se aos 59 anos.


Virginia Woof (1882-1941) morreu com 59 anos. Já na adolescência, quando da morte de sua mãe, apareceram impulsos suicidas. O fato de ter ficado órfã precocemente, atrelado a suas constantes crises de depressão, no decorrer de toda a sua vida, talvez possam oferecer uma explicação para a maneira como maquinou sua morte, atirando-se no rio Sussex, situado bem próximo a sua propriedade rural. Mergulhando nas águas, afogando-se, a escritora retornava ao aconchego da água amniótica do ventre materno, de onde, talvez, nunca devesse ter saído. Qual Ofélia, morreu asfixiada.

Há uma constelação de signos em torno da água, com uma notável força centrípeta para materializar a simbólica do mergulho nas águas do rio. Desde sempre, o rio representa o curso da vida, a impermanência de tudo o que nos rodeia, a dinâmica das coisas, enfim a existência humana e sua sucessão de altos e baixos, desejos e intenções, a possibilidade de se trilhar um caminho reto ou, quem sabe, a necessidade, consoante as circunstâncias, de empreender desvios quando queremos chegar a um objetivo. Os mitos que tratam das águas primordiais, do oceano como fundante e substrato da vida, são quase universais: as águas primevas banharam de explicações as narrativas do surgimento da vida e de diversas culturas. Sendo assim, mergulhar nas águas é um retorno às origens bem como uma forma de purificação

A obra da escritora foi fértil campo no qual seus dilemas interiores foram refletidos e problematizados, dramatizando os anseios causados pelas impossibilidades que a vida outorga ao humano, catalizando angústias deixadas como resíduos face às imposições da vida social, que parece caprichar no propósito de imprimir maus-tratos quando se trata de almas mais sensíveis. Quem sabe possamos especular acerca da razão de tanta culpa: seria algo produzido de dentro ou algo tecido socialmente? Tenho para mim que o interior alimenta o exterior, e vice-versa, pois, se as pessoas (inclusive os tidos como grandes amigos) não perdoam os seres com inteligência e talento, usando de todas as manhas para anular ou sabotar o sucesso de outrem, por outra lado há uma inconsciente procura de situações ou pessoas que favoreçam o autoboicote.

Ana Cristina Cesar, o destino mais cruel das suicidas.


Ana Cristina Cesar (1952-1983) com 31 anos atirou-se do sétimo andar de um edifício, símbolo fálico por excelência – não no sentido sexual, mas na dimensão do falo como toda e qualquer potência geradora. Observa-se aí um forte componente relacionado a sua concepção e a seu processo de socialização. Embora integrasse um grupo de pessoas ditas liberais da zona sul do Rio de Janeiro, ela não parecia vivenciar de maneira saudável sua sexualidade ambivalente. O suicídio de Ana Cristina foi, dos três, o mais violento contra o corpo: macerando-o contra a terra, pareceu querer mortificá-lo. Não apenas queria eliminar o que a atormentava – quem sabe as demandas do corpo - , associou a isso uma vigorosa força autopunitiva. Optou pelo espetáculo da imolação pública. Há um forte componente histriônico em tudo isso. Ela não quis ser discreta: preferiu o escândalo público, o choque nos olhos dos amigos, o tapa sem luvas de pelica na cara da família.

Agora é bom lembrar de uma coisa: havia já fartos indícios na obra de Ana Cristina impulsionando-a para uma atitude cética diante da vida. Em sua obra é possível encontrar a ironia para com os relacionamentos amorosos, o sarcasmo e o derrisório com a encenação social, enfim um desencanto quieto face ao que a vida poderia oferecer-lhe. Quem sabe a poeta tenha confundido a lâmina da faca com espelho. Excessivamente narcísica, afiara punhais em demasia com as limas do sempre mesmo reflexo de seu rosto torturado. Quem muito afia facas acaba fragilizado, dormindo com o inimigo. E sempre pensei que sua geração necessitava de alguém que testemunhasse os padecimentos de uma época. Ela catalizou todas as sombras que nos cercavam naquele esquisito final de época (Ítalo Moriconi).

Para encerrar, tenho aqui ainda alguns fragmentos que procuram achegar a luz ao gesto final imposto a si mesmo, quando do suicídio dessas três mulheres, numa tentativa de compreender o porquê de se terem matado.

1) Nenhuma força ou afeto anula/aplaca o que uma necessidade tão forte atou com os nós cegos da inimizade do indivíduo consigo mesmo. Depois de um certo tempo, o enlinhado é tão complicado que se torna difícil puxar um fio que se estenda numa lógica linear para o desvendamento dos conflitos de uma pessoa, então só resta proclamar: comigo me desavim;

2) Ana Cristina César ainda conseguiu um certo distanciamento crítico de sua obra; as outras duas, não, visto que, diferentemente de poetas como Fernando Pessoa ou João Cabral de Melo Neto, elas não passaram por um processo de despersonalização. As duas escritoras não parecem “ser outras”; ao contrário, repetem-se em seus escritos, modulando suas experiências e seu temperamento nos romances e poemas. A tinta da caneta continha sal. São extremamente confessionais, não conseguiram separar existência e literatura;

3) Alude-se sempre ao fato de Florbela ter nascido num tempo incapaz de compreendê-la: estava com o relógio adiantado, daí seu intenso padecer. Penso que o problema não é esse; ademais, Ana Cristina viveu durante uma época de liberação dos costumes, e podia muito bem fazer o que lhe apetecesse; no entanto foi a que se matou de maneira mais violenta. Quando se trata do humano, toda explicação esquemática é falha. E o discurso consciente, como todo mundo sabe, está cheio de artimanhas defensivas, pleno de mentiras para o indivíduo enganar a si e a quem está por perto;

4) Para Virginia e Florbela, o casamento não se constituiu em solução, como parece ter sido maquinado intimamente. O casamento foi um fracasso a mais no rosário de penas e purgas exigidas pela vida. Ao que parece, para Ana Cristina havia um distanciamento crítico do casamento. Casamento, como todo mundo sabe, nunca foi solução. É uma questão a ser respondida, ou gerenciada.

5) O corpo foi o que sobrou, após todo um processo de desvelamento dos disfarces do espírito, iniciado já no final do século XIX e impiedosamente massacrado ao longo do século XX. O corpo é a última cidadela fortificada, que contemporaneamente sucumbe diante das bombardas do real. Os muros, com seus fossos e suas ameias de proteção, da dura pedra de que se constituiu ao longo da história, perecem nos dias de hoje. Basta dar uma olhada nos consultórios médicos, lotados de pessoas que “se sentem” doentes. O humano tangencia sempre o vetor do problema. O humano não gosta de espelhos. Quem está doente não é o corpo, mas a alma. Transfere-se para o corpo o ponto pulsante de dor, entorpecendo-o de medicamentos e discursos psiquiátricos de todas as qualidades: no atacado e no varejo, consoante o freguês.

Encerrarei como comecei, com versos do poeta Fernando Pessoa, que, como sabem todos, morreu de cirrose hepática, causada pelo alcoolismo. Para um bom entendedor, o viciado crônico de uma droga também é um suicida. Fernando Pessoa sabia bem do que estava falando quando assim escreveu:

Fiz de mim o que não soube
E o que podia fazer de mim não o fiz
O dominó que me vesti era errado.
Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
já tinha envelhecido

Uma coisa não se pode falar das três escritoras: é que não foram coerentes. Assim como viveram, morreram: dramaticamente, porquanto chegadas ao vício da infelicidade, conduzindo tudo para o fracasso. Ninguém é tão ingênuo a ponto de não perceber um forte componente de encenação no suicídio das três mulheres. Todas foram tragadas pelo próprio mito que engendraram/alimentaram durante suas vidas. Embora literatura e vida sejam inimigas de sangue a fogo, uma parte dos escritores confunde ficção com realidade, esquisita concupiscência engendradora de confusões mentais que acabam por atrapalhar os relacionamentos interpessoais. Nunca ouvi dizer que a fusão artevida fosse negócio para ninguém. Dá no que deu: a construção de um labirinto interior no qual o ser, para se ver livre das tentativas de busca de saída, volta-se contra si mesmo, optando por eliminar-se, sossegando dos tormentos do existir.

Diante disso, só podemos pensar: negras flores da mesma haste, adornando a História da Literatura.


Comentários

Você poderia acrescentar a sua lista Sylvia Plath, Camille Claudel, Frida Kahlo, por exemplo. Mulheres intensas. Cada uma a seu modo. Sylvia também cometeu suicídio. Camille, apesar das idéias suicidas, morreu após ficar internada, num manicômio, por trinta anos, amarrada e sedada. Frida, tentou várias vezes o suicídio mas faleceu devido a uma embolia pulmonar, dizem que devido a overdoses de remédios. Suicidas ou quase, foram mulheres que viveram "gravitando" ao redor do amor, com tamanha paixão, com tamanho arrebatamento e por ele foram "engolidas". Não agüentaram a barra de amar, de sentir demais.

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