Papai Noel à brasileira
Por João Luís Ceccantini Sabemos que Papai Noel é uma combinação de diferentes lendas e criaturas míticas, tendo, entretanto, como principal base na era cristã o bispo Nicolau de Smyrna (hoje Turquia). Nicolau viveu no século IV d.C., tendo-se tornado famoso por sua generosidade. Muito rico e amoroso, reza a lenda que freqüentemente alegrava as crianças pobres, atirando presentes através de suas janelas. Daí em diante, o mito ganha maior dimensão e vai sofrendo uma série de modificações, até desembocar no “Santa Claus” da cultura anglo-saxã, ou seja, o tradicional Papai Noel conhecido de todos nós, cujo principal traço, o da generosidade, não se altera ao longo do tempo. Isto é, não se altera até ser colocado sob o sol dos trópicos pelos nossos escritores modernistas e contemporâneos. Já em 1930 Carlos Drummond de Andrade publica, em Alguma poesia , o seu “Papai Noel às avessas”, em que subverte a característica do generoso velhinho, transformando-o num tocante gat