A nova edição de o Livro do desassossego
“É o único escritor morto que publica mais que escritores vivos; um milagre, um símbolo da modernidade”. Pessoa não inventava personagens, inventava poetas, escritores completos. O entusiasmo é de Antonio Sáez Delgado, tradutor da nova versão de o Livro do desassossego para o espanhol. A edição chega por lá nesta semana. No Brasil, ainda circula a versão organizada por Richard Zenith e publicada pela Companhia das Letras em dois formatos, um normal e outro de bolso; mas, como a editora Tinta da China tem, timidamente, adentrado o mercado nacional, é possível encontrar também a versão mais recente do livro atribuído a Bernardo Soares organizada pelo também pessoano Jerónimo Pizarro. A referência, portanto, de Sáez Delgado, é sobre essa edição recente e não a organizada por Zenith. Enquanto isso, a nova versão do Livro do desassossego não é mais nenhuma uma obra-mestra de Fernando Pessoa; quando muito, uma releitura diferente como é dado às releituras, de um título que d