Desenhos, de Sylvia Plath
A fascinação mitômana que rodeia a figura da poeta suicida Sylvia Plath e seu cruel reflexo no marido infiel e também poeta premiado Ted Hughes se soma agora a uma faceta pouco conhecida da autora de Ariel , o desenho. Os inéditos, conservados até sua morte em 1998 por Hughes, foram trazidos a lume por seus herdeiros em 2011 e reunidos depois no livro Desenhos , que é publicado no Brasil pelo selo Biblioteca Azul da Globo Livros. Rascunhos a tinta ou grafite que demonstram como a mão de Plath não se limitava à escritura mas era também uma delicada e talentosa artista. Os desenhos de Plath são esboços que recolhem instantes de sua vida cotidiana, esquetes de uma mesma verve criativa que ora eram apenas exercícios plásticos, ora ilustravam as páginas de suas cartas, de postais ou de entradas para os diários. Os desenhos apresentados no álbum agora publicado no Brasil datam de entre 1956 e 1957. Umas vacas em Grantchester Meadows, uns barcos pesqueiros em Benidorm, ou os telhados