Adolfo Bioy Casares e as mulheres
Por Alejandra Rodriguez Ballester À direita, Elenita e Bioy Casares; à esquerda, Octavio Paz e sua companheira Elena Garro; Bioy teve um caso com ela. “Escrevi um romance, um conto, ‘El jardín de los sueños’, e agora um segundo conto: um e outro, Deus meu, tratam de fugas. Não me parece improvável que em breve me converta em fugitivo”. Bioy escrevia isto em 1969 à sua amante, a escritora mexicana Elena Garro, que, como tantas outras, havia pedido que fugisse com ela. À diferença de Borges, a quem Bioy descreve como perpetuamente enamorado e sistematicamente frustrado em suas intenções, na vida do autor de Diário da guerra do porco a relação com as mulheres parece ter sido intensíssima e feliz, além de pouco convencional, desde a enigmática relação com Silvina Ocampo até os vários triângulos que a discreta indiscrição de Bioy deixou transparecer. E se, em sua literatura foi um cultor, junto com seu amigo e mestre, da “arte deliberada” e das tramas perfeitas, o pes