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Mostrando postagens de agosto 19, 2014

Vozes anoitecidas, de Mia Couto

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Por Pedro Fernandes Primeira edição de Vozes anoitecidas  publicada em Moçambique e primeira edição publicada no Brasil. Esta uma coletânea em que, pela primeira vez, o escritor moçambicano se experimenta na prosa. Até então havia publicado apenas um livro de poesia, Raiz de orvalho , que vem a lume em 1983; do gênero só veio publicar outra antologia em 2011, Tradutor de chuvas . Os dois títulos provam uma coisa: antes de ser romancista – com os belos romances Terra sonâmbula e Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra , duas obras que digo ser a melhor já escrita pelo moçambicano – Mia Couto é poeta. Poeta e autor de narrativa curta. Mais ainda se averiguarmos as defasagens sofridas como romancista nos últimos livros que nos tem  chegado. Como a obra nesses dois gêneros ultrapassa em qualidade o romance, reafirmo, nesses dois gêneros, tem o leitor um grande mestre. E notará isso já no livro motivo dessas notas que, apesar de ser um livro de estreia é já uma