Um discípulo para Stephen King
Por Jana Lauxen Admito que não sou fã número um de histórias sobrenaturais. Provavelmente por que a maioria delas explore indiscriminadamente (e de modo superficial) o horrível, o bizarro e o nojento, mais pregando sustos desnecessários do que instigando legitimamente nosso medo. É fácil chocar apresentando uma cena de tortura extremamente realista. É simples horrorizar descrevendo detalhadamente canibais devorando criancinhas indefesas. Mas conseguir chocar e horrorizar sem apelar para o sensacionalismo violento e gratuito, já é outro departamento. Não é para quem quer; é para quem sabe. Por esta razão tenho grande admiração pelo escritor Stephen King. Em minha opinião, ele sabe como manipular nossos medos mais intensos com maestria, pois detém a medida exata do terror, que nunca falta e nem sobra em suas obras. Não por acaso, seus livros são incansavelmente transpostos para o cinema, como é o caso do clássico O Iluminado – um filme pouco chocante, mas genuinamente