O mapa da tribo, de Salgado Maranhão
Por Iracy Conceição de Souza capa da edição de O mapa da tribo (editora 7Letras) ouço ladrar uma ausência Que me rasteja: loba. Salgado Maranhão A poética salgadiana, ao longo dos últimos anos, construiu um perfil que se solidifica em sua décima obra, O mapa da tribo . Concebê-la é duplicar continuamente os espaços por ela construídos: “um oceano insondável”, que movimenta os afetos e incentiva o labor. Se o livro, Punhos da Serpente , (1978) marca o início de sua trajetória e sinaliza o estilo e a singularidade, para além do saber fazer, da habilidade; a obra, A pelagem da tigra , procura extrair e filtrar os meandros mais complexos da autenticidade sensível da vida, os ecos enigmáticos das entranhas do interdito, para expô-la em cenários reconstruídos e a obra, Sol sanguíneo (2002) ou Blood of the sun , (2012) 1 marca a experiência, o limiar do raso e do profundo, onde as coisas não somente têm significações, mas também têm existências e, por isso mesmo, o