Joãozinho Malvadeza
Por João Ubaldo Ribeiro Acho que a Copa enseja a confissão de um pecado longínquo, na minha carreira futebolística, defendendo as cores do Flamenguinho do Rio Vermelho, do São Lourenço de Itaparica e de outras agremiações menos renomadas. Zagueiro de recursos discutíveis, mas bom de carrinho, chutão e reclamação com o juiz, recebi do técnico Hélio Gaguinho a alcunha de Delegado, pelo meu “efi-ficaz po-policiamento da-da gran-grande área”. Deu-se que, com o outro time jogando pelo empate, estávamos disputando a final do campeonato do Rio Vermelho e o gol não saía. Aí pelos 30 minutos do segundo tempo, Gaguinho me instruiu para ir ao ataque e tentar aproveitar os cruzamentos de Toninho Seminarista. Cumpri a determinação, mas não achei a bola em nenhum dos cruzamentos. Gozila, o goleiro deles, que lembrava o Dida, só que maiorzinho, catava tudo. Gaguinho me chamou de novo e mandou que, quando o goleirão fosse subir, eu pisasse nos pés dele. Não discuti. Era s