Armando Nogueira, futebol e eu, coitada*
Por Clarice Lispector "Parece uma torcedora?" Pode se perguntar o leitor diante da grande quantidade de imagens de Clarice Lispector on-line. E a resposta viria logo. "Não!" Mas a autora de A hora da estrela era botafoguense como declarou várias vezes e falou sobre futebol como é caso dessa crônica. E o título sairia muito maior, só que não caberia numa única linha. Não leio todos os dias Armando Nogueira – embora todos os dias dê pelo menos uma espiada rápida – porque “meu futebol” não dá para entender tudo. Se bem que Armando escreve tão bonito (não digo apenas “bem”), que às vezes, atrapalhada com a parte técnica de sua crônica, leio só pelo bonito. E deve ser numa das crônicas que me escaparam que saiu uma frase citada pelo Correio da Manhã , entre frases de Robert Kennedy, Fernandel, Arthur Schlesinger, Geraldine Chaplin, Tristão de Athayde e vários outros, e que me leram, por telefone. Armando dizia: “De bom grado eu trocaria a vitória de meu time