O futebol-arte e a rivalidade na música de Chico Buarque de Holanda
Por Valdomiro Neto Chico Buarque em jogo amistoso entre artistas realizado no Maracanã durante a década de 1980. Vou me apropriar da frase de Martinho da Vila antes de cantar “Valsinha” em um show comemorativo para dizer que “Chico Buarque de Holanda é um dos meus compositores prediletos”. E nos seus mais de 40 anos de carreira, que se estendem até hoje para nossa felicidade, o futebol teve presença marcante. Em várias entrevistas, em momentos distintos, Chico disse que quando jovem queria ser jogador de futebol (que bom para nós, fãs, que acabou enveredando pelo caminho da música). A nossa “única unanimidade nacional”, nas palavras de Nelson Rodrigues, tem como ídolo o ex-ponta direita Pagão, que fez fama com as camisas de Santos e São Paulo. Em um documentário que faz parte de uma série que chegou a ser veiculada pela TV Bandeirantes, Chico diz que quando jogava imitava os trejeitos do ex-jogador, como as mãos meio moles e os “dribles aéreos”. Dono do Politheama, time