Paz de Espírito
Por Rafael Kafka Essa é mais uma crônica que começa citando Sartre. Fazer o quê se desde um pouco antes de começar a escrever no Letras eu já estava imerso no existencialismo como uma forma de cura para os meus problemas? Peço perdão aos meus leitores. Um dos livros dele mais interessantes lidos por mim foi As Palavras. Creio nunca ter falado desse livro em uma resenha especificamente, mas vivo a citá-lo em diversos textos por conta da retomada que Sartre faz de sua infância. Algumas pessoas, como Nelson Rodrigues, não acreditam na forma como o autor de O Ser e o Nada desenvolve a reconstrução de sua infância. Para elas, aquilo é um personagem criado pelo existencialista para justificar o seu modo de ser. Apesar de ter ficado abismado com uma argúcia de pensamento muito assustadora para mim em uma criança de seis anos de idade, confesso que o retrato do jovem Jean-Paul Sartre muito me tocou. Mesmo sendo um livro curto, As Palavras consegue ser intenso e memorável: