Com as flores do salgueiro, de Albano Martins
Por Pedro Belo Clara Albano Martins Das vastíssimas obras que ostentam o cunho deste autor nascido em 1930 no concelho do Fundão, Beira-Baixa, escolhe-se para motivo desta coluna uma que, de tão breve, arrisca-se a passar despercebida ao olhar do leitor mais incauto. Contudo, pela sua peculiaridade, importa não a condenar ao olvido. Ainda para mais sabendo que a edição da mesma não se realizou através dos meios oferecidos pelas editoras mais experimentadas, ficando essa – a edição – ao cargo da Universidade Fernando Pessoa, no Porto, que em 1995 a deu à estampa – o que desde logo, com os devidos respeitos prestados, tende a limitar a global divulgação de um trabalho, seja ele poético ou não. A génese suprema que sustenta a singularidade do trabalho prende-se com o facto de o mesmo se tratar de uma colecção de haikus , estilo poético de raiz oriental que em passadas ocasiões foi aqui abordado. Como se poderá depreender, a prática do haiku é algo incomum nos autores