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Mostrando postagens de maio 13, 2014

Um cine-poesia sobre Fernando Pessoa

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Se o poeta português deixou uma das obras mais extensas da literatura portuguesa – dizemos isso pensando no exercício poético a partir da heteronímia e da leva de produções que, vez ou outro irrompem como inédito nos diários de cultura – deixou também um imaginário diverso e possível de exploração igualmente diversa. E não têm sido poucos os motivos de criação artística em torno de sua literatura, ampliando, assim, o que poderíamos dizer de uma “galáxia pessoana”. Dentre esses exercícios criativos, um tem ganhado forma nos últimos anos, que é a relação poesia e cinema. A sétima arte sempre se atreveu a tratar das adaptações de romances ou textos narrativos em geral. A estrutura justifica o apreço da forma. Com o aparecimento do que hoje chamamos de cinema-arte, os olhares das câmeras não se deixam seduzir apenas pelo conteúdo prosaico. E há poemas, diga-se, depois do desmantelamento das estruturas fechadas pela atitude modernista, que figuram mesmo como verdadeiras narrati