O imaginário visual de William Shakespeare
David Garrick no papel de Ricardo III (1745), de William Hogart. Como todos os grandes gênios literários, William Shakespeare e sua obra têm servido de inspiração a uma amplíssima e variada leva de artistas, sobretudo, os que, como ele, tem fascinado nossa época, a ponto de convertê-los merecidamente em mito. Esta observação nasce no interior de um instante em que a obra do bardo inglês alcança níveis cada vez mais acentuados de crítica e público desde o século XVIII. De modo que, pode-se dizer que a projeção internacional alcançada pelo autor no século XIX ainda se mantém vigente nos dias atuais. Do ponto de vista das artes visuais, a obra de Shakespeare tem servido de criação de imagens de todo tipo e técnica; deste a arte gráfica, a pintura e a escultura, até a fotografia, o cinema e as novas mídias. Frente a este imenso caudal de releituras, nos cabe mais centrar nossa atenção em alguns exemplos característicos, selecionados entre os que produziram durante a primeira e