Ninfomaníaca, de Lars Von Trier
Diferentemente da dedicação de boa parte da crítica de cinema em ver os dois volumes de Ninfomaníaca com leituras distintas, não tomarei o tempo do leitor com isso; primeiro, porque, na verdade, os dois filmes são um, cortado da maneira como se apresenta a título de satisfazer as exigências das salas de exibição; segundo, justamente pela causa primeira, não há na segunda parte nada de novo do que se passa na primeira. Apenas se acentuam os limites das experiências sexuais de Joe. Lars Von Trier, de fato, tem assumido uma conceituada posição na atual conjuntura da produção cinematográfica. Talvez, ciente disso, e sempre querendo não se firmar em nenhum rótulo específico, o cineasta tenha sempre optado por ocupar várias posições - pensando que quase toda produção sua tem uma particularidade que a coloca numa posição quase que única na sua filmografia. No caso desse seu recente trabalho, o que quase se configura é uma produção fast food inclinando-se quase que totalmente para o lug