Poesia, de Alberto Caeiro
Por Pedro Belo Clara Embora o real autor em causa seja um dos que tem o conjunto da sua obra mais digerido e esmiuçado pelo leitor lusófono, tanto que por vezes parece roçar o arriscado domínio dos “lugares-comuns”, a verdade é que um conhecimento superficial sobre certas temáticas não se poderá equiparar a uma avaliação mais demorada sobre as mesmas, ainda que se evite cair em extremos pouco proveitosos. Assim, com o intuito de clarear alguma visão mais toldada, ou simplesmente colocar “nomes em percepções somente ao leve percepcionadas”, se elegeu este valioso trabalho compilatório da “dispersa globalidade” que Caeiro produziu. A edição em causa, do livro que se pretende mais introduzir ao leitor do que propriamente analisar, remonta a 2001 e foi dada aos prelos sob a chancela da Assírio e Alvim. Na verdade, esta editora muito recentemente levou a cabo novos esforços de reeditar muitos dos trabalhos assinados por Pessoa e seus heterónimos, tornando-os, sob uma determin