Poética, de Ana Cristina Cesar
Por Pedro Fernandes Fala-se sobre uma Geração Marginal; depois, fala-se igualmente de uma geração que assumiu, quando de sua constante manifestação na web (desde sempre, o que também é um gesto de vanguarda), a posição central na poesia contemporânea. O que esta geração produziu e o que essas produções passaram a significar atestam para o constante movimento que é a literatura. Que ela não é uma instituição fossilizada, morta, ou posta como santa no altar. Mas é luta constante, via de ser . Movimento que poderíamos conceituar como infinito. Os daquela geração abriam a possibilidade para outras vias da literatura. Num processo que custou o esforço da negação de determinadas estéticas, a rebeldia da imposição de sua estética em muitos casos, mas a convicção, talvez até prepotente, de que neles estava a novidade. Fato é que não havia um movimento mais ou menos estruturado assim como foi, por exemplo, o modernismo. Sobravam certezas, mas rumos nenhum. Ou mesmo as certezas nã