Em busca de Miguel de Cervantes
Miguel de Cervantes por José Balaca Quatro séculos depois de que Miguel de Cervantes Saavedra, grande da literatura universal, morreu na pobreza, sua figura volta a interessar às autoridades espanholas. Saiu autorização por parte da prefeitura de Madrid para iniciar a busca pelos restos mortais do escritor, enterrados possivelmente no Monastério de Trinitárias, no Bairro das Letras, em 23 de abril de 1616. Foram os trinitários quem fizeram o resgate do escritor num cativeiro em Argel; Cervantes ainda teria vivido algum tempo em Madrid, até sua morte, em casa. As buscas começam no subsolo da antiga igreja monacal com a contribuição de um georradar, um equipamento capaz de, a partir de ondas, encontrar ossadas subterrâneas e delimitar suas dimensões e em grande parte, o território onde elas se encontram depositadas. Desde 1870, a Real Academia Espanhola tem a certeza de que houve no local nove sepultamentos e alguns dos restos mortais correspondem aos de um homem adulto.