Passagens inéditas de “A colmeia”, de Camilo José Cela
Por Winston Manrique Sabogal “Lola abre de uma só vez os botões da braguilha. O vendedor freme como um cerdo castrado, com os olhos brancos, caído de costas. - Golfo! Lola descobre o sexo do homem, pequeno e branco como uma criatura. - Gosta, porco, gosta? - Deixe-me! Deixe-me!” Só uma pessoa sabia que esta passagem escrita originalmente por Camilo José cela para A colmeia . Ninguém mais tinha conhecimento que o conteúdo sexual e erótico de sua obra mestra fora mais alto e descarado que o publicado até hoje. Nem mesmo o regime franquista supôs qualquer coisa porque o escritor suspeitava que não ia passar pela censura e decidiu não incluí-lo na versão que enviou para aprovação. Agora, setenta anos depois de Cela começar a escrever (terminaria a obra em 1950) e depois de sucedido os feitos narrados em seu romance, apresenta-se um conjunto de passagens, todas inéditas, algumas censuradas pela ditadura, outras pelo próprio escritor que nunca chegou aos ol