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Para Donizete Galvão

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Por Pedro Fernandes Eu sempre me pergunto, sem nenhum senso de eternidade, para onde vão todas as palavras que trocamos nessa esfera virtual depois que daqui formos embora. Será possível que, séculos depois, ainda encontrarão vestígio nosso na web ? E as correspondências, ora extensas ora rápidas, que trocamos via e-mail, Facebook e outros meios, como ficarão? Sucumbirão ao fosso do esquecimento porque essas correspondências são lacradas com códigos que só nós sabemos para acessá-los? Não serão feitas, então, mais edições com trocas de correspondências? Nem, se especulará sobre os contatos feitos em vida com outros distantes de nós? Enfim, seremos apenas casca de bytes do que está explicito e nada mais? Numa busca sem muita insistência catei um e-mail que escrevi no dia 11 de julho de 2012, cf. aparece datado, enviado as 15h30 convidando o poeta Donizete Galvão a redigir um ensaio sobre a obra poética de Dora Ferreira da Silva, o nome homenageado pelo caderno-revista 7face