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A Papoila e o Monge, de José Tolentino Mendonça (Parte III)

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Por  Pedro Belo Clara Nesta terceira e última parte do artigo de análise à obra em questão, elaborar-se-á a abordagem aos remanescentes volumes que a compõem. Embora estes ocupem quatro distintos lugares num total de seis possíveis, a sua aparentemente simples elaboração e o reduzido número de haikus que os perfazem permitem um visionar dos mesmos de forma mais directa, eficaz e concisa. O primeiro do grupo, terceiro no total dos volumes, ostenta a epígrafe “Guia para perder-se nos montes”. Composto por dezassete haikus , encerra um conjunto de reflexões (carácter, como o leitor se recorda, transversal aos anteriores capítulos da obra) e de retractos capazes de imortalizar momentos dignos de memória, embora sejam detentores de uma beleza que nem sempre aparenta ser conseguida na sua total plenitude. Contudo, que o leitor não cometa o mais comum dos erros ao abordar este volume em particular: uma interpretação desviada. Pois o título do mesmo sugere algo completamente