Boletim Letras 360º #52
Safo (possivelmente). Pesquisadores chegaram a fragmentos de dois poemas inéditos da poeta. Mais detalhes ao longo deste boletim. |
Alcançamos pela segunda vez consecutiva um lugar entre os
100 melhores blogs de Literatura do Brasil. Mas isto ainda é pouco, para uma
rede que a cada dia se enche de novos e simpáticos amigos. A segunda etapa do
Prêmio TOPBLOG 2013 pede que novamente a simpatia se converta em votos. E cada
um pode com três cliques nos dá dois votos: um via Facebook e outro via e-mail.
O terceiro clique é para não se esquecer de ir ao e-mail e efetuar a
confirmação. Podemos, de novo, contar com vocês? Basta clicar no ícone do
TOPBLOG logo aí à esquerda do monitor. Depois disso, volta para dá uma espiada
no que foi notícia durante esta semana em nossa página no Facebook.
Segunda-feira, 10/02
>>> Estados Unidos: Descoberto fragmentos de dois
poemas inéditos da poeta Safo
Os fragmentos estão num papiro de um colecionador particular
anônimo; o documento remonta ao século 3 d.C. As conclusões de autoria parte do
Professor Dirk Obbink, um classicista da Universidade de Oxford. Um artigo
a ser publicado numa revista acadêmica até meados deste ano trará o
desenvolvimento da pesquisa e os poemas, embora o The Guardian tenha se apressado e apresentado uma versão online de
um dos poemas. O primeiro dos dois poemas menciona "Charazos" e
"Larichos", os nomes dados aos irmãos de Safo na tradição antiga. O
segundo poema é um fragmento de uma peça sobre o amor não correspondido. Esta
descoberta acrescenta muito para o que se sabe sobre Safo, cuja obra, em sua
maior parte, se constitui de fragmentos de escritos sobre papiro antigo e através
de citações de outros autores. Safo nasceu em cerca de 630 a.C. e ela é
conhecida por seu verso lírico delicado, que muitas vezes é dirigido a um
público feminino. O poema publicado pelo The
Guardian está aqui.
>>> Brasil: Pessoa
repaginada
A Revista Pessoa
amplia sua atuação em março com o lançamento, na Amazon, de e-books. O primeiro
reunirá os poemas publicados na seção Fingimento e inéditos. Entre os autores,
nomes já consagrados como o português Manuel Alegre e Victor Heringer.
Haverá, ainda, poemas de Adriana Lisboa, Moacir Amâncio e Mariana Ianelli...
Pensa-se numa homenagem a Donizete Galvão, morto este mês. Depois virá um
volume de prosa. Outras duas coleções estão sendo criadas por Luiz Ruffato e
Maria Valéria Rezende. A editora executiva Mirna Queiroz deixa o dia a dia da
publicação para se dedicar à direção da editora e da revista. O escritor Carlos
Henrique Schroeder é o novo editor, e chega com a missão de atrair mais jovens.
Schroeder convidou alguns profissionais e já criou novas seções para a revista:
Luiz Nadal fará perfis de escritores lusófonos em “Autopsicografia”; Juliana
Gomes fará um guias de sites na seção “Todas as cousas que há neste mundo”;
Victor Heringer vai cuidar de “Milímetro”, com crônicas, entrevistas e
apresentação de novos poetas; Victor da Rosa será responsável por “Não me importo
com as rimas”, com crítica e estudos; Bolívar Torres e Rafael Monte farão, em “Os
Colombos”, uma espécie de baú, falando sobre escritores que desapareceram ou
foram eclipsados pela crítica; por fim, em “Palavra de Poeta” um grande poeta
indica seu poema predileto e a revista indica um poema do poeta que indicou. Para acesso à revista, clique aqui.
Terça-feira, 11/02
>>> Espanha: O trabalho, uma as obsessões de Pablo
Picasso é tema de exposição
"Picasso en el taller" está aberta ao público até
o dia 11 de maio na Fundação Mapfre de Madrid, na Espanha. Entre os trabalhos
reunidos para a mostra 80 telas, 60 desenhos, 20 fotografias e toda uma sorte
de trabalhos. A mostra toma por base a relação do artista com o trabalho e as
modelos.
>>> Inglaterra: Um ano para William
Shakespeare
1. Tivemos a oportunidade de comentar por aqui sobre a
reabertura do The Globe, tal como fora concebido pela companhia de teatro de
William Shakespeare. No dia dos 450 anos do dramaturgo inglês, 23 de abril, neste
palco uma releitura de Hamlet. Como
numa espécie de cut-up, a peça
percorre 250 países por onde a peça mais conhecida de Shakespeare já foi
encenada. 2. A Royal Shakespeare Company por sua vez, apresenta Os dois cavalheiros de Verona e Sonho de uma noite de verão já há algum
tempo em turnê pela Inglaterra. 3. O grupo editorial Penguin publicará até
2016 uma coleção com reinterpretações de obras de Shakespeare produzidas a
partir de importantes nomes da literatura como Margaret Atwood, Howard
Jacobson, Jeanette Winterson, Anne Tyler, Jo Nesbø... 4. E o cinema novamente
fará as honras para uma leitura do dramaturgo: ainda este ano sai Macbeth, de Justin Kurzel, protagonizada
por Michael Fassbender.
Quarta-feira, 12/02
>>> Brasil: Raduan Nassar para inglês (e mexicano)
ler
Um copo de cólera
e Lavoura arcaica, publicados no
Brasil pela Companhia das Letras serão traduzidos para o inglês e
devem sair em breve pela Penguin. A obra de Raduan Nassar também receberá
publicação em espanhol; no México, os dois títulos mais Menina a caminho.
>>> Estados Unidos: Editora DreamWorks
Responsável por animações de sucesso como Shrek, Kung Fu Panda, Madagascar
e Como treinar seu dragão, o até
então estúdio diz que vai começar a publicar livros em papel, e-book e
aplicativos, ao invés de licenciar a marca, como vinha fazendo.
Quinta-feira, 13/02
>>> Estados Unidos: O fotógrafo Allen Ginsberg
Ainda esta semana comentamos acerca do trabalho fotográfico
de William S. Burroughs; outro ícone da geração beat também era um exímio
fotógrafo. Registrou como ninguém a vida urbana e cultural de Nova York e também
de outros lugares por onde passou. Suas fotos retratam cenas de sua própria
vida e do convívio com outros escritores e artistas, entre eles Bob Dylan, Jack
Kerouac, John Cage, William de Kooning, Paul McCartney, Patti Smith, William
Burroughs e Iggy Pop. Boa parte deste material (cerca de 8 mil fotos feitas
entre 1944 e 1997) foi reunido pela Larry & Cookie Rossy Family Foundation
e está sendo doado para a biblioteca de “special collections” do Centro de
Artes da Universidade de Toronto (UTAC), famoso por seu grande acervo de
manuscritos, fotos e outros materiais e por ser a maior biblioteca de livros
raros do Canadá e uma das maiores do mundo. Várias imagens já foram
digitalizadas e estão no Flickr daThomas Fisher Rare Book Library do UTAC.
Sexta-feira, 13/02
>>> Itália: Única novela de Charles Chaplin, Footlight, que inspirou o filme Luzes da ribalta, é publicada pela
primeira vez
Depois de mais de 60 anos ter sido escrita. O material
estava na Cinemateca de Bolonha, responsável pela digitalização do acervo de
Chaplin e por esta edição, e foi compilado por David Robinson, biógrafo do
diretor, para quem o livro não foi escrito com a intenção de ser publicado. Chaplin
escreveu o livro em 1948, quatro anos antes do filme e antes de ser obrigado a
deixar os Estados Unidos no início dos anos 1950 por causa da perseguição
incessante de Edgar Hoover, diretor do FBI, por considerá-lo simpatizante
comunista. De acordo com detalhes divulgados por Robinson, a história conta com
personagens semelhantes aos de Luzes da ribalta,
o comediante alcoólatra e aposentado, Calvero (Chaplin), e a dançarina Theresa
(Claire Bloom), que o salva do suicídio. O romance de Chaplin aprofunda ainda
mais no estado emocional dessas duas personagens e ajuda a entender a
personalidade do diretor de cinema antes de seu exílio na Europa.
>>> Inglaterra: A Londres literária; a Londres
imaginária
O projeto CurioCity, dedicado desde 2011 a criar os mapas
mais rebuscados de Londres lançou o Número F. Mesmo que Londres não tenha
tantos personagens de ficção como habitantes, é quase certo que a literatura
e o cinema terão convertido um inabarcável universo literário onde convivem
Sherlok Holmes, Clarissa Dalloway, Mary Poppins ou Bridget Jones. Os quatro
jovens idealizadores do projeto já criaram um mapa das estrelas de Londres e
uma anatomia da cidade sobre um corpo dissecado. Agora, sobre uma ilustração de
Lucie Conoley, nos presenteiam com uma Londres literária num mapa clássico (à
primeira vista), que combina artigos e ilustrações que se escondem em dobras
imprescindíveis do imaginário.
>>> Estados Unidos: Um mundo em miniatura sobre
livros
Kyle Kirkpatrick é mestre em produzir esculturas utilizando
como suporte o livro. O artista cria uma topografia imaginária que nos faz
desejar um mundo belo e íntimo, feito de palavras. Kyle está montando sua
coleção de fotos no Flickr.
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