Crônica de um leitor de O jogo da amarelinha (7)
Por Juan Cruz Ruíz Julio Cortázar e Juan Carlos Onetti Agora se estabelece o tempo como um melro ou como um corvo sobre O jogo da amarelinha e alguns dizem, os que são como corvos, que se passou o arroz, enquanto que os que são como melros (ou os que somos como melros) atraímos a este tempo para que siga sendo o som da primeira vez que este livro começou a dizer-nos o que nos parecia que queríamos escutar. Imprimiu-se certo dia como este ano em Buenos Aires há meio século; outros livros saíram então e antes; surpreende que seja o de Julio Cortázar precisamente aquele que recebe mais verificações de pesquisa, como se o livro mesmo fosse responsável de sua velhice, ou como se sua velhice fosse um acidente capital e não um mérito ou uma circunstância que se acrescenta ao feito mesmo para que ele continue existindo. Enfim. O certo é que desse livro já se falou tanto, e se seguirá falando tanto, que nem sequer o eco que merece se escuta sem diminuir, como se O jogo da amare