Blue Jasmine, de Woody Allen
A impecável atuação de Cate Blanchett brilha na pele de uma figura que tem predileção pela aparência e pela ostentação, signo da atual situação porque passam os países da crise econômica. Não sei dizer se Woody Allen é um dos maiores cineastas na ativa, como li por aí; teimo em fugir dessas certezas absolutas, principalmente essas que colocam uma pessoa acima das outras. E, diante de minha pouca experiência com a filmografia do diretor – devo ter assistido meia dúzia de filmes apenas, principalmente as últimas produções – prefiro contentar-me com a ideia de que ele é sim, um grande cineasta. Mas é só e já será suficiente. O meu entendimento para uso do epíteto de grandiosidade repousa numa ideia que tenho vindo perseguindo quando me deparo com alguns trabalhos cinematográficos (e esta opinião pode até se estender à produção literária, e os que me leem com frequência já sabem de que falo). Falo da capacidade do autor em tirar das mínimas situações uma grande história. Coisa rara.