O beabá das biografias*
Por Pedro Fernandes Em briga de cachorro grande quem sou eu para meter minha língua? Enquanto a questão estava entre os reis da MPB acompanhei de camarote o disse me disse; quando a coisa descambou para o terreno da literatura (perdão pela divisória de áreas, como se a biografia não fosse um gênero textual e estivesse alheio à literatura, mas já me explico sobre), como dizia, quando a questão aqui chegou, dei algumas deixas na minha página no Facebook, principalmente no caso Paulo Leminski, e, enfim, quase um mês depois, é impossível não dizer nada sobre o caso. Ao menos posso ter uma opinião formada sobre, mesmo porque a briga é de cachorro grande, mas o que respinga, respinga diretamente no cidadão comum. E por isso mesmo me vejo um tanto quanto obrigado a dizer alguma coisa, a emitir um parecer sobre. Permitam-me um esclarecimento: não é o caso de ser a biografia um gênero que me apetece ler. Não. Acho esse texto maçante, chato, e foram muito poucos autores que