Lisístrata, de Aristófanes ilustrado por Pablo Picasso
Uma das inquietações para que inventássemos uma coluna dedicada a relação entre ilustração e literatura foi, além da constância unificadora entre as duas áreas, o fascínio sobre essa relação, muitas vezes marcada pela conjunção de dois limites altos das duas artes. Por exemplo, quando um Salvador Dalí debruça-se sobre um livro como Alice no país das maravilhas ou Dom Quixote , ou quando Henri Matisse propõe gravuras ao Ulysses , de James Joyce , ou ainda quando Candido Portinari revê a obra de Cervantes pela visada poética de Carlos Drummond de Andrade ... Outro ponto alto e é sobre ele que comentaremos hoje por aqui, é fruto da idealização do empresário George Macey, que fundou uma espécie de editora com edições limitadas ainda nos idos de 1929. Sua ideia: ter uma marca especializada na recriação de grandes obras da literatura pelo olhar de grandes mestres das artes plásticas. Foi Macey que, em 1934, encomendou a Pablo Picasso o interesse de que pintor ilustrasse uma edição