Felizmente há luar!, de Luís de Sttau Monteiro
Por Pedro Belo Clara Se em anteriores ocasiões trouxe até ao caríssimo leitor obras em poesia e em prosa assinadas pelas mais hábeis mãos que o mundo literário português conheceu, é justo que o campo seja agora extrapolado e, tornando-o mais abrangente e completo, atinja outros géneros igualmente inestimáveis. Neste caso, o do teatro. Felizmente há luar é a mais famosa obra de um dos mais famigerados dramaturgos portugueses: Luís de Sttau Monteiro. Filho de um embaixador português em Londres, o autor deambulou por campos tão variados como o direito, o jornalismo, a ficção, o teatro e até o automobilismo (!). A sua incursão pelos caminhos da prosa, que mereceu a sua inicial prioridade, revelou-se curta: cinco livros, apenas, entre 1960 e 1965. Seria, assim, no papel de dramaturgo que Sttau Monteiro definitivamente se consagraria no panorama artístico português. Para tal, muito contribuiu o sucesso da peça que hoje aqui trago a análise. Graças a ela, Sttau Monteiro foi,