Postagens

Mostrando postagens de setembro 6, 2013

Outras peças sobre a morte de Pablo Neruda

Imagem
Em fevereiro deste ano publicamos aqui uma matéria dando contas de uma investigação conduzida sob determinação do juiz Mario Carroza para saber a real causa da morte de Pablo Neruda há quarenta anos (no próximo dia 23 de setembro). Suspeita-se que o escritor não tenha morrido vítima de um câncer de próstata, mas sim, vitimado por um atentado da ditadura militar de Augusto Pinochet. A primeira parte do laudo feita confirmou a até então versão oficial do caso. Mas, uma segunda perícia é agora realizada a título de justificar ou não a constatação. Enquanto outras novidades mais concretas não aparecem, multiplicam-se os burburinhos em torno desse desfecho revelando-se, antes de tudo, num caso aparentemente complexo, cheio de peças soltas e necessárias de melhores esclarecimentos. Uma personagem aparentemente sem a menor importância no caso ganha agora relevo – ou pelo menos constitui alguma peça – na investigação. Trata-se de Alicia Urrutia, a sobrinha de Matilde (então com

o apocalipse dos trabalhadores, de valter hugo mãe

Imagem
Por Pedro Fernandes O último título do escritor português editado no Brasil, o terceiro na leva dos romances já publicados, está para o lugar de um livro intermediário; o nosso reino e o remorso de baltazar serapião estão em situações melhores se fôssemos estabelecer um ranking de comparações – o remorso ainda é o melhor dos três. Mas aqui não há espaço para essas listagens, ao menos não é o caso específico deste texto; a menção de uma lista de colocações só vem ao caso para dizer que o apocalipse dos trabalhadores é um romance intermediário. Nem por isso, perde-se do interesse de ser um trabalho inventivo no que se refere ao trato com a linguagem. Aliás, todos os romances de Valter Hugo Mãe se portam como experimentações (e por estarmos diante de uma obra em formação, essa afirmação deve ser pesada com cautela para os títulos até agora publicados). Lê-los é como estarmos diante de alguém que tateia ainda uma voz própria: aquilo que já terão conquistado outros escritores