A glória literária graças aos demônios familiares
William Butler Yeats e sua mulher. Imagem El País Cada escritor tem um grande campo verde no quintal de casa em cujas terras enterrou seus segredos mais escuros e preciosos e que, vez por outra, guaqueros* dão com o brilho da sua existência. A grande literatura geralmente está enraizada em crimes artísticos, está levantada sobre infelicidades próprias e alheias. Um desses guaqueros é Colm Tóibín, escritor irlandês hoje convertido em explorar tesouros alheios. Rastreou já os campos dos demônios titulares de vinte grandes autores e os coloca aos olhos de todos num texto que acaba de ser publicado na Espanha e que pode chegar ao Brasil em breve – Nuevas maneras de matar a tu madre . Quatrocentas e uma páginas com joias secretas de toda índole: incestos, traições, duelos sentimentais e econômicos, invejas, amores frustrados ou vaidades diversas, cujos fulgores podem ser divido em três tipos: poder, reconhecimento e sexualidade. “As obras dos gênios surgem de fontes insólitas”, a