Conselhos de Ernest Hemingway para um aspirante a escritor
Em março deste ano ficamos a par de uma correspondência de Oscar Wilde em resposta ao jovem Morgan, um aspirante a escritor que procurou o escritor inglês à procura de alguns conselhos, digamos, literários. Natural. Muitos escritores recebem correspondências do gênero. Algumas é que nunca são respondidas, o que não foi o que aconteceu nesse caso. Wilde, a certa altura da carta alerta sobre o que é estar nesse campo pantanoso da literatura – “o melhor trabalho na literatura é sempre feito por aqueles que não dependem dela para ganhar seu pão de cada dia”. Estava certo o escritor. Fazer o bem sem olhar a quem parece ser o ditado popular que mais se ajusta a qualquer um que queira ou já esteja nesse território artístico das letras. Nessa mesma situação é que se passa este outro acontecimento. Na primavera de 1934, um jovem que também queria ser escritor pega uma carona e vai à Flórida para conhecer seu ídolo; ninguém menos que Ernest Hemingway. Arnold Samuelson tinha só 22 anos