Pensar o livro e o mundo digital
Por Pedro Fernandes Não é de hoje que venho travando uma discussão acerca de uma questão que considero um tanto quanto delicada para o estágio atual do livro a que chamo por "massificação" da obra literária. Uso o termo entre aspas porque embora este não seja o adequado para ocasião me soa como um paliativo. Tudo começou ainda numa comunidade no Orkut dedicada ao José Saramago por volta de 2009 quando um usuário entrou para postar um link para baixar livros do escritor português on-line e eu me manifestei contrário à ideia: "Baixar um livro que não encontramos de modo algum por aqui pode ser, mas as obras do Saramago, todas, acho um desrespeito para com o escritor... Se ainda fosse um "crepúsculo", um "lua nova", "lua cheia", "lua minguante", "lua quarto-crescente", tudo bem, é comercial, não vale nada mesmo..." – ironizei. No mesmo instante me responderam discordar de minha posição. Bem, a minha posição