James Joyce e a música
Se James Joyce não tivesse se tornado um escritor, há uma boa chance de que ele ainda teria feito um nome para si mesmo por seguir uma carreira como intérprete vocal. Em 1904, o escritor chegou a dividir o palco com o grande cantor de ópera e John McCormack, e mais tarde na vida, depois que já havia se estabelecido como um escritor, promoveu incansavelmente a carreira de cantor de seu amigo e tenor irlandês, John Sullivan. A estreita relação entre James Joyce e a música tem sido reconhecida por seus leitores, críticos e biógrafos. Joyce, como seu pai, era ao mesmo tempo que um excelente escritor, também um excelente cantor – dizem; com uma doce voz de tenor. E ainda um pianista com um domínio enciclopédico de música de todo tipo e gênero, rivalizando com seu vasto conhecimento da literatura mundial. Como escritor, ele, no entanto, incorporou a música em todas as suas obras de formas cada vez mais complexas, especialmente em Música de Câmara (1907), Dubliners (1914), Retrat