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As cartas entre F. Scott Fitzgerald e a filha

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Alguns filhos de escritores, talvez de tanto estarem entre papeis e livros, se debandam para a mesma profissão do pai; outros têm uma relação mais complexa – sofrem da ausência paterna, afinal, que os escritores são pessoas normais, sim, são, mas o que todos têm em comum é seu mundo paralelo, onde se isola do mundo para a escrita. O gesto de escrever está associado na maioria das vezes a este fechamento; é necessário afastar-se do agito das multidões e enfrentar seus diabos interiores, à torto e à direito, para se querer produzir alguma coisa que valha. Recentemente, Ana Miranda, romancista brasileira, falou desse processo para um programa na SESC TV. E o depoimento dela se confunde com isso que dissemos e se confunde com o sentimento de muitos outros que têm na escrita a labuta pelo trabalho. Há ainda os casos mais complexos: além do ‘abandono’ os filhos de escritores padecem um tanto dos altos e baixos dos pais. O texto a seguir é uma tradução livre de "Com todo su dolor papá