Lygia Fagundes Telles e a escrita do amor
Por Maria Aparecida da Costa Na vocação para vida está incluído o amor, inútil disfarçar, amamos a vida. E lutamos por ela dentro e fora de nós mesmos. Principalmente fora, que é preciso um peito de ferro para enfrentar essa luta na qual entra não só o fervor mas uma certa dose de cólera, fervor e cólera (TELLES, 1998, p. 42) Sempre quando temos acesso a alguma entrevista com Lygia Fagundes Telles ela fala da paixão, do amor e da foça destes sentimentos em favor de qualquer ofício. Para ela, sobre a arte da escrita, mesmo sendo uma profissão árdua, quando executada com paixão, torna-se mais leve. Lygia insiste que, sem paixão, sem amor, mesmo tendo muita competência, o homem não conclui de forma satisfatória sua tarefa. Desta feita, é comum encontrar na obra da escritora personagens que andam às voltas com os diversos sentimentos que guiam o sujeito em sua existência. Além do debate sobre as relações amorosas em si, Lygia salpica na esteira de seus personagens