Jean-Paul Sartre
O quanto precisamos ainda de Jean-Paul Sartre. Este poderia servir de título a um texto que vim ensaiando escrever por esses dias sobre a importância da obra do filósofo francês. Ele não escreveu uma obra ensaística apenas: Sartre redigiu um mundo restituidamente pensado por um olhar que ficou conhecido de todos por existencialismo. Foi a partir desse olhar que encontrei tantas semelhanças, quanto ao escrito e ao escritor, entre ele e José Saramago. Gosto de pensar que Sartre foi um dos primeiros intelectuais a acenar e cumprir com o acenado de que o verdadeiro trabalho do intelectual não está apenas dentro do gabinete, mas nas ruas. Essa quebra de fronteiras, evidentemente, é fruto de uma cultura francesa – já foi dito tantas e tantas vezes que os franceses têm vasto culto às bibliotecas e, para compreender sobre o que se passa ele tem na bibliografia um suporte para tal – mas terá sido de uma importância extrema porque renegocia com a própria sociedade qual o papel dos que pensam