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Mostrando postagens de abril 10, 2013

De inéditos e ineditismos*

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Os da nova geração de leitores já terão se acostumado com essa moda que é a de remexer arquivos esquecidos pelo tempo a fim de achar entre os papéis – e são muitos – deixados por um escritor um texto qualquer que dê brecha para uma publicação inédita e de preferência surpreendente, cheia de revelações a ponto de até mudar determinados conceitos acerca dos já fossilizados. Tudo – rabiscos, garatujas, desenhos – se publica e é aceito pela crítica fabricada como grandes acontecimentos literários. Estou me referindo aos casos em que o autor já morto – e em alguns a obra até já se encontra em domínio público – que uma decisão do tipo, isto é, tornar público aquilo que ele escondeu por toda uma vida ou mesmo disse não querer vê-lo publicado, fere determinadas instâncias que estão para além de uma decisão individual ou praticada por uma equipe editorial. É evidente que nesse processo o interesse artístico e estético é perdido para interesse pelo lucro sobre o produto. E para