Poeta em Nova York tal como foi concebido por Federico García Lorca
Por Jesús Ruiz Mantilla Federico García Lorca na Universidade de Columbia, em 1929. Imagem: Fundação García Lorca. Quando Federico García Lorca foi, na véspera do dia 13 de julho de 1936, ao encontro de José Bergamín e não o encontrou, lhe deixou um bilhete: “Estive para ver-te e creio que voltarei amanhã.” Amanhã nunca houve. O poeta partiu para Granada poucos dias antes de estourar a guerra. Acreditava, inocente, de que aí se encontraria mais seguro. O que ele deixou ao seu editor sobre a mesa na redação da revista Cruz y Raya foi um original manuscrito e datilografado, organizando por partes e estruturado em 35 poemas e 10 seções do que seria uma obra-prima que mudaria para sempre a literatura até então produzida: Poeta en Nueva York . O resto da história é conhecido: Lorca morreu, o original passou por toda sorte de vicissitudes e nunca, até agora, se havia publicado tal como recomendava o seu autor. O texto reapareceu desde 2003. Depois de um leilão bastante