Lincoln, de Steven Spielberg
Por Pedro Fernandes Quando as identidades entram em crise é natural que os mantenedores do poder simbólico entrem em cena para – com os fragmentos – engessar coisa que ainda a sustente. Parece ser repetir pela enésima vez isso com os estadunidenses. Se em todos os setores há uma constante reafirmação do statos quo da potência responsável pelo provimento do bom andamento da ordem mundial, também no cinema, os reforços não passam despercebidos até do observador mais leigo. Evidentemente não ser isto algo inédito. Mas, as produções de meados de 2012 para início de 2013 – uma olhada na lista dos concorrentes ao Oscar de Melhor Filme será suficiente para entender – deram uma lapidada nos cacos e reforçaram cada uma à sua maneira as formas de bendizer o seu país. Lincoln , de Steven Spielberg é um deles. E não seria blasfêmia acreditar que este é o grande favorito ao Oscar de Melhor Filme, mesmo estando concorrendo com outras produções muito mais significativas e dispensa